Carla Bruni diz que é "doloroso" ver Sarkozy arguido
"A minha família e eu vivemos uma prova muito dolorosa. É muito difícil não falar mas é também difícil falar. Enfurece-me não me poder exprimir", disse em entrevista ao jornal de "Le Figaro" hoje.
Ao "Le Parisien", a cantora, que terá um novo disco na rua a partir de 1 de abril, diz que Sarkozy está "sereno e combativo" depois de na quinta-feira ter sido constituído arguido por alegadamente ter abusado da fraqueza de Liliane Bettencourt, herdeira do grupo cosmético L' Oréal.
"Vamos fazer tudo para que a verdade seja apurada", acrescenta à mesma publicação Carla Bruni. "É impensável imaginar que um homem como ele pudesse abusar da fraqueza de uma senhora que tem a idade da mãe dele".
A propósito do lançamento do disco, intitulado "Little French Songs", Carla Bruni-Sarkozy explica ainda o significado da canção "Le Pingouin", uma das que faz parte do novo trabalho da cantora, refutando que pudesse estar a referir-se ao atual presidente de França, François Hollande, apesar de um dos versos ser "ni oui ni nou", nome pelo qual era conhecido o político socialista antes de chegar ao Eliseu, como analisou o canal de televisão M6.
"O pinguim não tem cara", garante."É uma resposta a cada agressão a que fui sujeita e a que não soube responder", afirma. "É uma metáfora. Não visa apenas uma pessoa mas mil, que puderam ser desagradáveis em muitas situações.Fiquei estupefacta com as interpretações".